quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Etiktextil finge que dá almoço e o trabalhador finge que come

Diz o ditado popular que pau que nasce torto morre torto, e até a cinza é torta.

A Etiktextil, empresa localizada no aprazível bairro do Montese, em Fortaleza é uma freqüentadora assídua da coluna PAREDÃO do informativo Voz do Gráfico, jornal conhecido por trabalhadores e patrões gráficos do Ceará, meu querido torrão natal. Marmotosa que só ela, não demoraria muito tempo pra Etiktextil debutar no nosso blog.

Por Lei, nenhuma empresa é obrigada a fornecer refeição aos empregados, porém, quando não fornece tem que oferecer condições mínimas pra o trabalhador se alimentar entre um expediente e outro. Por condições mínimas entendemos: duas horas de intervalo entre um expediente e outro, e vale transporte suficiente para o trabalhador se locomover no trajeto, trabalho-casa-trabalho, pra realizar sua refeição.

Eis que a Etiqtextil, a “heroína” desta postagem, não faz nem uma coisa nem outra. Marmota pura, pense! A empresa oferece 50 Reais por mês e uma hora de intervalo pra refeição e dá o nome disso de “ajuda custo”. Eu prefiro chamar marmota! E explico o por que:

A refeição mais barata em Fortaleza custa 5 Reais. Eliminando os sábados, domingos e feriados a categoria trabalha em média 22 dias por mês, e neste caso o trabalhador da Etiqtextil terá que encontrar uma refeição no valor máximo de 2,27 reais.

E se só encontrar refeições a 5 reais, o que é altamente provável, o trabalhador só comerá durante 10 dias. Os outros 12 dias passará o intervalo da intrajorndada na esquina da Rua Desembargador Praxedes com a boca aberta. Como aquela região é bastante ventilada, uma hora será suficiente pros operários da Etiqtextil encherem a barriga de vento e voltarem ao trabalho pra encher os bolsos do patrão.

Já contei a marmota pros meninos do Sindicato. Com certeza eles irão chamar a empresa na SRTE pra ela explicar pro seu Júlio, onde os trabalhadores da Etiqtextil encontram refeição de 2,57 reais, ou se, na verdade, a empresa finge que dá refeição e os trabalhadores fingem que comem.

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